quarta-feira, fevereiro 27

2008



foto by: fotolog.net/epinha


2008 não é um cataclisma passageiro. As coisas estão mudando. Já não vemos mais tantos filmes franceses como víamos antes. A Era François Truffaut não acabou só se transmutou em vida real e todo o ópio e o láudano tomaram novos aromas pestilentos de ruas intranquilas, de souvenirs menos simples. Tio Vegas não o vi mais. Nem a Família Alcântara e tampouco viajei para outra colina moura. Porém, contudo, todavia e entretanto a verve é a mesma e o pulso criativo, agora revigorado e se reprojetando neste mundo novo de I Pods e pessoas andando com fones de ouvido nas ruas mudou. Sim, eu tenho um cachorro vira-latas. Sim, (eu sou um molusco Prada) eu ainda amo os gatos e desfilo roupas que não fazem sentido. Ainda estou convivendo com toda sorte de criativos ululantes como sempre, desenhando, canatando e bebendo nas taças de uma vida que quase pensa em projetar outras formas de criaçnao. Mas este blá não poderia acontecer sem um patrocinador de fungos.
Um rato grande, um gambá, em breve mais histórias de vida, mais candies, mais novela!
E viva a vida PB, iPod...

MOMENTOS "EDIOURO"

MOMENTOS "EDIOURO"
REEDIÇÃO DOS MELHORES MOMENTOS DESDE 2002.

Mexendo em arquivos dos meus blogs anteriores, o Karen Carpenter e o Oba! Carninha que fizeram sucesso de público e crítica no início do século, achei algumas coisas que realmente fazem sentido em qualquer época da vida. O entusiasmo está presente em vários comentários recheados de falso-sarcasmo-lacônico e prolixos usos da palavra escrita para dissecar uma vida cheia de som e fúria até os dias hoje.
Parte do que escrevi nesta vida banana está nesta reedição para colecionadores e ex-leitores e curiosos.
Prometo atualizar o Morra, o Oba e a anoréxica Carpenter não para mexer nas feridas do passado, mas sim, porque estou entrando no meu jubileu sagrado de 34 anos recém completos e como eu repito, enxarcados de som, fúria, rock e glamour glam da vida...banana.

Enjoy Noi

2002, um outubro qualquer:
"Abilola, abilola...sempre escuto isto quando começo a digitar rápido, frases do honolável Gafanhoto escritor aqui do lado.
Tem um monte de gente humana no mundo que nasceu com o dom de suportar todas as dores e calores que o universo lança. Outras, seguem a maré, outras desistem na primeira dificuldade e algumas mudam de idéia para preservar suas crenças, sonhos e outras ainda, preferem batalhar para criar suas próprias crias, seus próprios feitos e conquistar vitórias muito mais pessoais que, pouco se lascando com o que os outros pensam ou acham.
Horas passam e nos perguntamos como um sistema pode nos endoidar e fazermos pensar que não valemos nada e assim, sendo alguns seres, como eu, mais emocionais que racionais, sofrem o dobro pois sofrem po mais tempo e por coisa pouca. Errada? Talvez, mas dentro da personalidade acuada também existe motores propulsores de idéias e vontade. Existe ânimo para mudar, ver e ser visto. Mas como ultrapassar a barreira forte daqueles que acreditam que quanto mais para baixo você descer, que quanto mais você puder aguentar o fogo crîtico do inferno competitivo do Mundo Real, mais seremos capazes de superar defeitos e falhas que até então você acredita não os ter. Quem está se enganando, quem está enganando quem? Quem está certo? Tem vez que o que mais parece certo não faz o mínimo sentido para uns e para outros e cego o caminho e ão ousem dispersar.
Gostaria de poder mostrar quem sou, o que acredito e provar que tenho ambição, talento, bom senso, educação, sensatez, bom gosto e responsabilidade. Mas a que preço? De aguentar tanta tortura psicológica? Acabamos assim, os emocionais, travando na hora H. Aquela hora que podemos mostrar o que somos e tudo dá errado. Pois estamos impregnados pelo derrotismo que depositam na nossa trajetória. quem me dera encontar paz. Mas isto é busca também. Parcimônica é o caminho!"
Karen Carpenter no auge da sua vivência em São Paulo, Capital, 2002