Estava andando pelo deserto e senti a poeira virar lama quando derrepente uma chuva e muito vento arrastaram-me novamente pra dentro do mar. As flores que eu havia plantado secaram e no lugar delas ficou somente a lembrança de um aroma.
Guardei numa caixa de papelão meus móveis e deixei os objetos esquecidos. Quando dormi sonhei com uma ponte e isto me deu energias para voltar pra casa andando sem medo que a chuva me cegasse. O vento nesta manhã foi cortante como uma navalha e os vasos estavam caídos no chão. Recuperei alguns, os outros deixei pra depois.
Algumas vezes as escolhas são inevitáveis e tomar decisões esclarece um caminho. Os caminhos são feitos de cana-de-açúcar e gostar de cores me trás à tona a beleza do fubá. E foi assim que uma vez eu ouvi em palavras alguém me sussurar que eu vou com fubá. Um peixe navegando lá longe. As aparências são tragadas e os fatos indomesticáveis. Ah! Se a vida volta, mas me deu coragem tudo isso. As flores eu ainda sonho, só que agora estou de volta na cidade invisível.
............... a cidade dos gatos..........................................
