quinta-feira, fevereiro 14

2013 - Recuperação da opinião por meios próprios

A saída pela direita.

Quando resolvi dar um sumiço da face do macromecromicromocromundo alternativo-rock, a minha saída por motivos espiritualistas. Saúde mental. A energia dos lugares estava me cegando (cagando?) e eu cega, fazia coisas estúpidas e me relacionava com pessoas mal intencionadas e usurpadoras. Um dia, conheci (Jesus?) o amigo de um (amigo) conhecido de noites e bares e shows de rock. O amigo do amigo também estava um pouco cansado do excesso de autopromoção e glamour vampiresco que a noite proporcionava. O que era fantástico na década do início de 2000 até um certo período, não é mais. Fui em todos, quase todos shows de rock que eu queria e todas as baladas possíveis. Sempre é bom e chique sair no meio da festa, eu sempre era a última a sair!

Não viramos xiítas e não deixei de gostar de encontrar amigos legais e pessoas que gosto por aí, porém chega determinada época que tudo fica repetitivo e pastoso e voltar de táxí sozinha bêbada pra casa as 4h00 da manhã já não emociona muito depois dos 35 anos. A não ser que você tenha saído de um casamento torturante e engordativo de 20 anos e queira ir afórra. Não era meu caso porque sou e sempre fui independente demais pra aceitar coleiras machistas. Hoje sei ficar em casa. Gosto de curtir o calor das pequenas coisas e passar uma sexta-feira costurando bichos de pano pra vender em feiras e pras amigas, vendo filmes, ouvindo velhos e novos discos, desenhando, cuidando do Borba e do Edu.

Talvez um dia eu queira dançar na festinha da moda, não sei. Hoje só penso em viajar mais por lugares do Brasil que nunca fui, recuperar a saúde perdida nos anos de futilidade e ter sempre os verdadeiros amigos por perto. Pelo menos os que ficaram por perto. como diz o Lourenço Mutarelli que ficar em casa com amigos bebendo e jantando à vontade porque dá pra fumar, etc.

Engraçado que quando você dá um tempo de sair na night, as pessoas simplesmente somem. Páram totalmente de te procurar, mandar mensagens e emails, telefonar, nem se fale. Você não é mais cool, é chata e nem pra churrascos e jantares você não vai mais alegrar o ambiente. Os amigos não, estes sempre que posso vejo, nas casas deles ou em reuniões menores, mais claras e lúcidas.

Eu continuo a mesma, com ou sem litros de vinho na cabeça. Talvez meu metabolismo, mais lento por causa da idade me obrigue a ter um controle rígido na alimentação e hoje pratico mais atividades físicas. É bom também caminhar no bosque de Portugal com várias pessoas diferentes de várias idades, longe do centro, perto da natureza. O corpo muda. Batata! Ainda mais pra quem tem herança genética italiana e os genes se aglomeram ali na parte quadrilenha. Como eu não sou a Flávia Alessandra da Globo, que com 38 anos tem um corpo seco e malhado de correr 12 km por dia, acostumo com algumas coisas e presto atenção em outras, sem neurose, cruzes. Dá saudades da silhueta fina de outrora, da cintura de pilão, mas a mente e a psiquê estão bem mais sagazes e refinadas.

Vamos aí, amadurecer é bom, já dizia a Mara Cristina Barrichello.

Beijos e fiquem com o Borba Gato abaixo.




Segue um Youtube cinematograficamente divertido:

Aqui: http://www.youtube.com/watch?v=CCcvu48yKbU