quarta-feira, junho 10

Roupa de amianto pra hoje, vai jorrar fogo no meio da chuva de negra bílis!


sangue

Hoje é dia de Lua molhada
De carecas entornando grandes jarros de vime com vinho goela abaixo, e os jarros que cedem conforme a Lua queima
e solta a fumaça nas nuvens encharcadas de um ex-maio
E como dizia a Lua pro Cabrón dos planetas arianos
Que me vesta, capricórnio
Que o fogo da bílis negra expurgue essa sensação de queimação estomacal
E dá-lhe um chazinho, fresquinho, que o valha
me corta a mente, depois me enruga a pele no corte fino
de sua navalha e cresce a barbatana do peixe no Rio Torrente que em maio
procriou alguns novos elementos e os elementais da...

discórdia
despurificação
morte da carne
volta do tio aprisionado do meu coração...

Reagindo em maio, chego em junho e julho, cometo uma loucura enorme
vou de avião pra Espanha
ver as velhas samambaias, ver aquelas saias, o movimento das saturnálias
e quem sabe, quando voltar. Galo de briga, deu-me uma rima
Em Lisboa vou passar

Comer luas de pastel de creme
em mente, não reajo mais
Caio de uma vez no meu próprio cais, do Porto
Vinho, celebração, viva junho, vivo de novo!

Beijos
Carne Sangrenta de Chouriço Catalão!