Mas, menina, vai com calma Mais sedução nesse grasne: Carnalmente eu amo a alma E com alma eu amo a carne.
quarta-feira, janeiro 31
AVACALHEI
fotos da exposição "A Morte da Carne" por jeanine Lemos Boggio e Karen Tortato
A VACALHADA
Surgiu ou surgiria acavalhada? A vaca alada, a vaca submersa em substância formolza.
Daí a vaca se cagalhou numa pizza purê de strogonoff de febre tifóide, falha na doença da vaca preta, da vaca neurada. Da morte e vida de uma Vaconilda. Da carne se vê o sertanejo colhendo vacas podres no sertão do Patatás. Vaca sufrida, sulfos de um gás venenoso no ataque à doença da vaca que então...ficou louca e saiu voando no arado. Vacarando, vaca territorial. A vaca testemunhou a origem da vida no prenúncio do nascimento de um Golias. Lady Vaca Godiva. Andou nua numa vaca branca. Lá no Irajá, segundo iemanjá a vaca sagrada da Birmânia. avacalhou-se a poética. Descortinou-se uma vacanhã, no passado, as vacas eram a Lei. Vacagay!
Carne
segunda-feira, janeiro 8
Meu nome é Suzanne Vegas, trabalho num jornal judeu e reacionário, gosto de comunistas e todo tipo de pessoa que fuja completamente às regras impostas por uma sociedade vazia e massificada pelos meios de comunicação. Não respiro cano de escape por acidente e sim, por opção.
Outro dia vi uma craviola na vitrine de uma rua tomada por guarda-chuvas cinzentos. Meu olhar continua estressado e mesmo soltando urros de alegria, continuo preocupada com a posição dos astros lá longe no firmamento. ESTOU PUBLICANDO UM LIVRO. Estou escrevendo coisas que meus filhos possam se orgulhar. Não temo o alçapão da loucura, temo a fantasia e a loucura pessoal das pessoas e me assusta certas notícias na TV. Não me obriguem a calar. Estou vomitando e toda vez que chamarem meu nome eu não responderei. Meu trabalho é andar pelo contrário da rua e mesmo que pareça louca numa camisa de força ensanguentada, ouço a melhor de todas a músicas: naturaleza sangre!
Suzanne Carne
Outro dia vi uma craviola na vitrine de uma rua tomada por guarda-chuvas cinzentos. Meu olhar continua estressado e mesmo soltando urros de alegria, continuo preocupada com a posição dos astros lá longe no firmamento. ESTOU PUBLICANDO UM LIVRO. Estou escrevendo coisas que meus filhos possam se orgulhar. Não temo o alçapão da loucura, temo a fantasia e a loucura pessoal das pessoas e me assusta certas notícias na TV. Não me obriguem a calar. Estou vomitando e toda vez que chamarem meu nome eu não responderei. Meu trabalho é andar pelo contrário da rua e mesmo que pareça louca numa camisa de força ensanguentada, ouço a melhor de todas a músicas: naturaleza sangre!
Suzanne Carne
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